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Novas relações de trabalho - A era do sistema híbrido

Nestes tempos de pandemia o uso do home office se intensificou, porém, esta já era uma prática de muitas empresas que o administravam como opcional há pelo menos 3 anos e como parte do pacote de benefícios ao colaborador.

O modelo era muito mais caracterizado como Flex Work do que como home office, tanto é fato que a maioria das empresas ainda está escrevendo suas políticas, diretrizes e acordos para administrar o home office.


Além disso, as empresas estão estudando novas formas de ajuda de custo aos colaboradores e revendo seus benefícios para que estes façam sentido aos colaboradores neste novo cenário.

Novos benefícios já surgiram como telemedicina, suporte psicológico, porém, muitos destes estudos e decisões devem passar por algum tipo de negociação, seja direto com os colaboradores, ou com o envolvimento dos sindicatos laborais.


Diálogo e negociações

Por este motivo, as empresas mantiveram o diálogo aberto e contínuo com os sindicatos durante a pandemia: para que pudessem negociar readequações ou novos itens em seus acordos coletivos prevendo o “novo normal” e superar o desafio da votação dos acordos realizando as assembleias de forma virtual através de ferramentas virtuais como Microsoft Teams, Zoom ou Google forms, meios estes atualmente autorizados pela legislação.


Estas negociações se pautaram na discussão de medidas buscando evitar o desligamento dos colaboradores, sendo em um primeiro momento, a concessão de férias coletivas, adiantamento de férias e licença remunerada, pois ninguém tinha noção de quanto tempo o problema permaneceria.


Após isso, com a edição de MPs pelo governo, as empresas partiram para outras medidas como antecipação de feriados, suspensão de contratos, redução de jornada e salário e por último a adesão a medidas que já estavam previstas anteriormente na CLT, como o Lay-off.


Repensar das atividades

Muitos desafios ainda precisam ser enfrentados. Um que mais preocupa as empresas é manter as equipes informadas e motivadas, porém, percebe-se que de forma criativa as empresas estão superando este obstáculo incentivando seus gestores a realizarem reuniões diárias com as equipes, compartilhando informações nos aplicativos de mensagem instantânea, ou ainda promovendo lives e até happy-hour virtuais para se manterem próximos de seus colaboradores.


Um dado interessante levantado através de conversas com colaboradores e líderes de várias empresas é que a grande maioria dos colaboradores preferem um sistema híbrido de home office, ou seja, alguns dias trabalhando no escritório da empresa e outros em casa, demonstrando que o contato físico sempre será importante para que se mantenha relações de trabalho saudáveis e produtivas.



Damiano dos Anjos (foto)

Coordenador do Grupo de Estudos de Relações Sindicais da ABRH-PR











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