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Indústria avança na igualdade de gênero

Nas últimas décadas, o ambiente industrial passou por transformações e se tornou mais diverso. Antes majoritariamente masculinas, as indústrias têm aberto espaço para as mulheres. Hoje, elas representam um quarto da força de trabalho no setor, inclusive em funções de liderança.


Dados do Observatório Nacional da Indústria – base de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI) – mostram um crescimento de mulheres ocupando cargos de gestão nos últimos anos: de 24%, em 2008, para 32%, em 2021. Nesse período, a indústria foi o setor em que houve maior aumento na participação de mulheres nesses postos.



Busca pela igualdade

A maior participação das mulheres nas indústrias é um passo importante e vem acompanhado de outros avanços significativos. Estudo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), por exemplo, revela que a mão de obra feminina na indústria paulista recebe, em média, 15% a menos do que a masculina.


Isso significa que a desigualdade salarial na indústria é menor do que a estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para as mulheres brasileiras em geral, de 22%.


Indústria atenta à mudança

A principal razão para desenvolver políticas de inclusão, segundo a pesquisa da CNI, é a percepção de desigualdade, citada por 33% dos executivos ouvidos, seguida da importância de dar oportunidades iguais para todos, mencionada por 28%.


O levantamento mostra que entre os instrumentos mais usados pelas empresas para diminuir a desigualdade entre homens e mulheres na indústria estão:


Política de paridade salarial (77%)

Política que proíbe discriminação em função de gênero (70%)

Programas de qualificação de mulheres (56%)

Programas de liderança para estimular a ocupação de cargos de chefia por mulheres (42%)

Licença maternidade de seis meses (38%).


A pesquisa mostrou, ainda, que as mulheres em cargos de gestão são as que têm mais pressa em implementar as medidas de igualdade de gênero.


Ao todo, apenas 11% dos entrevistados disseram não ter política formal de igualdade, mas que pretendem implementá-la.


Nessa situação, as mulheres estipulam prazo menor para tirá-las do papel:

63% das empresas comandadas por elas querem implementar medidas em até dois anos, enquanto 64% dos executivos estimam formalizar uma política em até cinco anos.








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