Pesquisa do IEL mostra as transformações provocadas pela pandemia nos contratos de estágio
O home office alcançou cerca de 11% dos trabalhadores brasileiros durante a pandemia em 2020, de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mas esse número poderia ser muito maior. O percentual de pessoas em potencial de teletrabalho é de cerca de 22,7% da população ativa, o que corresponde a 20,8 milhões de indivíduos, segundo outro estudo divulgado pelo Ipea no mês de outubro de 2021.
A possibilidade de contratar pessoas de outras cidades ou estados para o formato remoto beneficia tanto empresas quanto estagiários e profissionais. “Hoje todos estão mais abertos a repensar o formato de trabalho, principalmente em áreas como a de Tecnologia da Informação”, diz Eduardo Vaz - superintendente nacional do IEL.
Transformações positivas
Uma pesquisa feita pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), entidade que faz parte do Sistema Indústria, com profissionais envolvidos no processo de contratação das empresas e gestores das atividades de estágio das universidades revela que a pandemia acelerou a digitalização de processos e a utilização de ferramentas para o trabalho remoto. Além disso, as empresas e as universidades apontaram mais pontos positivos do que negativos nessa nova maneira de trabalhar.
Contratar o estagiário – desde o processo de entrevista até a assinatura do contrato de forma virtual – ficou muito mais ágil e transparente. O fim das fronteiras geográficas foi apontado como outro fator positivo no levantamento do IEL.
Ainda segundo a pesquisa, o trabalho remoto faz com que os estudantes se organizem melhor entre aulas e trabalho.
As empresas, por sua vez, começaram a identificar a necessidade de treinar os estagiários sobre como usar seu tempo no home office e adquirir habilidades comportamentais a distância, alguns dos maiores desafios desse formato.
"A adoção desses modelos depende da formação e da atividade, mas hoje todos estão mais abertos a repensar o formato de trabalho, principalmente em áreas como a de Tecnologia da Informação", destaca o superintendente nacional do IEL, Eduardo Vaz.
Segundo ele, a instituição tem atuado justamente para atender às transformações da sociedade, auxiliando empresas, universidades e estagiários a se adaptarem às novas demandas provocadas pela pandemia. “Todos nós vínhamos trabalhando sob modelos que foram criados há décadas. Com a pandemia, fomos forçados a nos modernizar, e o que ficou claro é que há muitas possibilidades a serem exploradas”, afirma Vaz.
Lei do Estágio
Para que a nova realidade do estágio passe a ser uma possibilidade permanente, é necessário alterar a Lei nº 11.788/2008, conhecida como Lei do Estágio. Uma nota publicada pelo Ministério Público do Trabalho em março de 2020 autorizou o trabalho remoto para estagiários de maneira temporária, devido à pandemia.
No entanto, o IEL pretende propor mudanças na lei para que ela passe a prever o estágio híbrido, em função das experiências positivas deste último ano.
“A digitalização e os novos modelos adotados fizeram com que o match das empresas com os estagiários também fosse beneficiado, pois ficou mais ágil e assertivo. É nesse caminho que queremos seguir”, pontua Eduardo Vaz.
(fonte: CNI https://noticias.portaldaindustria.com.br/ )
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